O Exercício do Amor Próprio
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Estamos realmente evoluindo?! Talvez...
Na verdade, sempre reflito sobre a vida e as pessoas e, hoje, em especial, estou pensando em um ponto específico: Evolução.
Infelizmente, estamos vivendo uma era de inversão de valores, os quais, o reflexo está ai, escancarado em tragédias fúteis e banais. Todos clamam por mudanças, mas, interiormente, ninguém quer mudar, não quer se permitir passar pelo processo da maturação, da transformação e evolução.
Obviamente, sempre vivemos tragédias e catástrofes, mas, analisando historicamente, culturalmente e, até, emocionalmente, vivíamos uma fase primitiva, não tínhamos as informações necessárias, o avanço tecnológico e transformador que nos faz, hoje em dia, termos acesso a tudo que desejarmos em questões de segundos.
Éramos, em essência e emoção, ainda brutos e, assim como tudo na vida, a tendência seria, irmos crescendo, amadurecendo e adquirindo mais valores, bons comportamentos, ética, saindo do estágio primata, "irracional", primitivo, para um estado mais lapidado e, por consequência, termos posturas menos animalescas, trogloditas, "monstruosas" e instintivas.
Estamos evoluindo, sim, mas, apenas por fora. É como bem diz a frase: "Enquanto a cidade cresce, o homem diminui diante dela", e assim, seguimos diminuindo interiormente, sendo consumidos e devorados por todos os "dragões" íntimos.
Caminhamos sendo prisioneiros de nossos próprios temores, ânsias, angústias, depressões, desânimos, inseguranças, medos, iras, falta de amor próprio, de autovalorização, estresses, ansiedades, tudo que nos faz, a cada dia mais, psicossomatizarmos e adoecermos, não só fisicamente, bem como, emocionalmente e espiritualmente.
E o resultado disso tudo?! O caos existencial que estamos vivendo. O mundo está doente porque os seus habitantes também estão, e ele é o reflexo de tantos íntimos enfraquecidos, desesperados, solitários, tristes e sem direção, perdidos em seus próprios labirintos existenciais, clamando por mudanças urgentes, mas, pouco se permitindo passar por elas.
Que sejamos como a borboleta, que precisa permitir-se passar pelo doloroso processo de mutação interior (em seu casulo) se quiser obter belas asas e alçar infinitos voos de liberdade e renovação.
Angel Marques
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