O Exercício do Amor Próprio

O Exercício do Amor Próprio

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O Valor da Saúde


Passamos à vida em busca de grandes realizações, conquistas e conhecimento. Mas ao certo, nos esquecemos de cuidar, zelar por um bem precioso e único, que é a saúde. Enquanto a possuímos não temos a consciência de quão ela é importante, como a sua falta pode nos retirar do cenário da vida e nos paralisar, estagnar e nos mostrar como somos limitados e mortais.

Quando nos deparamos com essas indagações sobre a saúde, percebemos o quanto ficamos a dever nesse quesito. Nem sempre cuidamos do nosso corpo como deveríamos, não o alimentamos de saúde física nem mental, o sobrecarregamos de toxinas nocivas, de energias deletérias, de mau humor, de rancor, de drogas como o álcool, o cigarro, as farras exaustivas, os horários deturpados de alimentação, sono, agressões demasiadas e geradas pela vaidade, os excessos sexuais, causados pela luxuria, as faltas simples, bem como o ato de não beber bastante água, pela eterna desculpa da falta de tempo ou esquecimento.

Aos poucos nos agredimos, nos deixamos de cuidar, e uma coisa na vida é tão certa quanto à morte, a vida só nos da o que a ela oferecemos, por isso, em determinado momento ela nos cobra o que deixamos de oferecer, sim, por que quando falo de vida, refiro-me a todo o universo, e incluindo a nós seres humanos que fazemos parte desse ciclo e estamos interligados a cada vegetal, mineral, a cada movimento e acontecimento gerado por ela.

De repente senti uma vontade compulsiva de escrever esse texto, por que também faço parte desse universo relapso, apesar de ainda está sendo contemplada e privilegiada pela saúde, mas sempre me sinto envergonhada toda vez que preciso acompanhar um amigo ou ente querido em sua saga, em sua “penitente” estadia em um hospital, fico quase todo o tempo de acompanhamento, refletindo sobre tudo isso, e me comprometendo a mudar, melhorar, me cuidar, me zelar, inclusive, ouço sempre as mesmas promessas feitas pelos doentes naquele momento, mas o que vejo mesmo, é que passada a doença, saída do ambiente ambulatorial, daquele clima frio, meio “mórbido” de pacientes e médicos, moribundos e óbitos também, tudo volta ao normal, faz-se as mesmas coisas de antes, agride-se discaradamente o corpo, a mente, e as vezes até o espírito, e rápido esquecemos de tudo que presenciamos ou até passamos com a dor e a eminência de um fim corpóreo.

Precisamos parar, refletir e avaliar todos os danos que causamos a nós mesmos e a nossa saúde, mas necessitamos fazer isso antes de sermos acometidos pela doença, antes de estarmos deitados em uma cama, num quarto de hospital, com uma janela refletindo a imagem de um dia lindo, ensolarado, com carros em movimento, pessoas transitando, meio que sem “tempo” para nada e nem para si mesmas e nós nos sentirmos inermes, inertes e arrependidos, por não termos cuidado desse bem a mais tempo ou a tempo. Pensem nisso!



Angel Marie

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