Bem, essa é uma pergunta complexa...Amor?! Mas e o que é o amor?! O que é que "pode acabar" quando falamos desse amor? O tesão?! A admiração?! O respeito?! O desejo?! A vontade de estar junto?! A vontade de se unir ao outro e formar uma unidade?! Então, o que é que pode acabar?! Por que se falamos do amor que filosofamos, e que é benigno e não quer o mal, daquele que é perfeito em essência e por isso não cabe definições, eu acho que esse jamais acaba, por que se acabar, não era amor....por que esse amor, vai além de pele, de posse, de desejo, de egoísmo e egocentrismo, é o amor que liberta, liberta por entender que a sua parte "eros" já não está tão acesa, já não está tão profunda, e você, por não querer viver só o "filo" e o "àgape" convivendo como namorados, noivos, casados, apenas liberta o outro (sexualmente) para que ele vá, mas todo o respeito, admiração, carinho, desejo de bem, felicidade, amizade, parceria, companheirismo e etc, etc, que existiu, jamais termina...esse segue sempre, mas isso, se era verdadeiro...
É bastante complexo falar, por que na verdade, acho que nós poetizamos tanto o amor, mas nos confundimos com ele e suas sensações reais...muitas vezes achamos que amar é sofrer, é estar ao lado mesmo se flagelando, é aceitar receber migalhas desse "tal amor" por piedade, é ficar ali, mesmo quando o outro já lhe dá sinais de que não deseja mais isso, é exigir do outro o mesmo amor que você doa ou mesmo, é querer que o outro te ame, quando ele não ama mais...mas se o amor é puro, perfeito e acima de tudo, libertador, não seria um paradoxo achar que ele tem que ser exigido?! Jung disse que "o amor é permissão" e de certa forma, acho que sim, por que se eu tenho esse grandioso amor em mim e o outro se permite receber, temos o amor perfeito, mas se isso não acontece...para mim, é claro, em minha opinião, é melhor seguir com esse amor, só, do que está ao lado do outro, exigindo e não sendo feliz do mesmo jeito!! Portanto, amores doentios acabam...amores saudáveis, seguem sempre, só que transformados!!
Angel Marques
É tão difícil amar verdadeiramente. Esse é um aprendizado para toda a vida. O amor perfeito não existe, é um vir-a-ser. Amamos um pouquinho, desejamos demais ser amados, desejamos demais possuir o outro, desejamos o contato sexual, desejamos, desejamos... Quanto mais amamos, mais somos donos de nossos desejos, quanto menos amamos, mais somos possuídos por ele. Seu texto refere-se a isso, creio eu. Muito bom, parabéns.
ResponderExcluirAproprio-me aqui de uma citação de Fernando Pessoa que penso caber nas infinitas definições de amor:
ResponderExcluir"... Mas tu fazes, amor, por me faltares
Mesmo estando comigo, pois perguntas —
Quando é amar que deves. Se não amas,
Mostra-te indiferente, ou não me queiras,
Mas tu és como nunca ninguém foi,
Pois procuras o amor pra não amar,
E, se me buscas, é como se eu só fosse
Alguém pra te falar de quem tu amas."
Adorei sua crônica!
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