O Exercício do Amor Próprio
sexta-feira, 30 de abril de 2010
É preciso ter respeito com o outro.
Em alguns momentos e presenciando alguns acontecimentos em relação aos relacionamentos amorosos, sempre me indago sobre um pequeno detalhe, por que na maioria deles, em geral o homem, não tem a sutileza, nem o respeito e muito menos a dignidade de saber sair?! Bem, escrevo isso, não como uma feminista enlouquecida ou amargurada, mas sim, como mulher, que vivencio relacionamentos, e acima de tudo, como mulher e amiga, que ouço desabafos, comentários, relatos e presencio muito sofrimento por causa desse motivo.
Sabe o que acho engraçado, é que em muitos casos é visível que a mulher sofre pelo rompimento, pela separação, mas o que mais machuca e atormenta sua mente é a forma como eles se utilizam para dar um fim ao relacionamento, quase sempre de forma vaga.
Sabemos que ninguém é obrigado a estar com ninguém, se isso não for mais saudável, alegre, se não existir mais amor, desejo, carinho, ou ainda, se ambos, mesmo sentindo algo forte um pelo outro, não se sentirem em condições de manter a relação por outros fatores, que também é muito comum, mas precisamos entender que o mínimo que se pode ter é respeito ao ser humano que viveu ao seu lado, seja por uma semana, um mês, um ano, muitos anos, não importa, é necessário utilizar-se da empatia, que nada mais é que, se colocar no lugar do outro, e assim, poder agir de acordo como se sentiria melhor se agissem com ele.
Não sei o que se passa na cabeça dessas pessoas que acreditam que sair de uma relação de maneira inadequada é a forma mais fácil de resolver os problemas, ou imagina que só dar sinais durante a relação já é o bastante, e que o outro tem a obrigação de entender, adivinhar o que só o universo interior dele sabe, quando na realidade seria tão mais simples jogar limpo, ser verdadeiro, encerrar uma história de forma honesta, usando as mesmas maneiras que um dia usou para iniciar essa mesma história.
Enfim, sei que muitas de nós as vezes se faz de desentendidas com esses “tais sinais”, e de certa forma, percebemos quando as coisas não andam bem ou já esta chegando a um final, mas mesmo assim, não justifica ter essa finalização banalizada, sem sensibilidade, sem cuidado ou preocupação com aquele que um dia foi objeto de todo amor e dedicação, e que de algum modo o fez feliz enquanto durou! É preciso reavaliar os conceitos sentimentais, independente de ser homens ou mulheres, afinal, o ser humano deve e tem como obrigação ter respeito ao outro em todos os momentos da vida!
Angel Marie
domingo, 18 de abril de 2010
Tolos são aqueles que não sabem viver um amor.
Tolos são aqueles que não sabem viver um amor, seus momentos mágicos e encantados, suas horas longas e às vezes curtas, sua magia, seu cheiro, seu brilho...ah! o amor...citado em versos, prosas, poesia, cantado em canções inesquecíveis.....pintado em imagens que não podem ser descritas, apenas sentidas.....e há quem pense que não vale a pena amar.
Perde-se muito tempo na vida buscando uma perfeição que não existe, desgastam-se as relações e criam-se expectativas desnecessárias de um futuro que nem sabemos se chegará. Por que não viver em sua forma mais intensa o amor agora, curtir o EU TE AMO mesmo que seja “infinito enquanto dure” e que dure um dia, um mês, um ano...quem é tocado por essa essência, com certeza será modificado para sempre...é inevitável!
Não há razão para não AMAR, para não se permitir VIVER um AMOR, não existe medo superior ao desejo avassalador que rompe as barreiras do peito e sai desvairado em busca de outro mesmo peito cativo que permita ser acolhido.
O AMOR.... esse sentimento nobre por natureza, que não tem uma denominação única e nem exclusiva, por que sabe-se que ele chega de formas variadas para cada um que o recebe, e a única certeza que temos, é que ele CHEGA, cedo ou tarde, perto ou longe, ele CHEGA e não faz cerimônia, apenas nos embala em suas doces silhuetas, nos envolve em seus doces mistérios e nos convida simplesmente a VIVÊ-LO.
Angel Marie
Quando eu aprendi...
Aprendi com a dor que a melhor maneira de diluir o sofrimento é ter um diálogo sincero com o seu interior.
Aprendi que posso sentar e chorar, mas que jamais posso me permitir estagnar, pois parar é limitar-me e não vim ao mundo para ser um ser limitado.
Aprendi que guardar mágoas e remorsos é sofrer duas vezes, e que a única pessoa que perde com esses sentimentos, é você mesmo.
Aprendi que o amor vale a pena, mesmo quando esse amor não se eterniza, e que uma simples centelha de luz desse sentimento em seu coração, lhe tocará e deixará marcado para sempre.
Aprendi que desabafar é bom, mas que viver em lamúrias, atrai sensações desagradáveis, tanto para si como para quem nos ouve.
Aprendi que sorrir e manter a serenidade, mesmo com o coração estraçalhado e ferido, não é ser dissimulado, é apenas escolher por seguir adiante, apesar dos obstáculos.
Aprendi que doar-se é necessário e salutar, mas é preciso também que doemos um pouco dessa atenção para nós mesmos, para que assim, não nos tornemos desequilibrados e possessivos.
Aprendi que viver é um desafio constante, que amar é um risco eminente, que sofrer faz parte do aprendizado, que chorar, às vezes, é bom e que existe apenas uma pessoa no mundo capaz de suprir todas as nossas carências e expectativas, e que passamos o tempo inteiro em busca dela, por todos os lugares, mas de repente, percebemos que ela se encontra bem perto de nós, na verdade, dentro de cada um.
Angel Marie
sexta-feira, 16 de abril de 2010
A Solidão acompanhada.
Vivemos em constate conflito pessoal, geralmente o momento sempre nos exige uma postura defensiva em relação às situações e em especial as pessoas. Não temos mais paciência, tolerância, comprometimento e a todo o momento agimos egoisticamente.
Os conflitos externos refletem de forma intensa em nosso interior, e a partir daí, passamos a ver ao nosso redor, falhas e desilusões, pois nos tornamos exigentes em demasia e muitas vezes erroneamente, julgamos e nos achamos juizes e sentenciadores.
Por isso, atualmente, a maioria das relações não conseguem passar de meros contratos de convivência, ninguém quer passar por problemas ou dificuldades, não sabem administrar as diferenças e exigem perfeição do outro, algo que ninguém pode dar, pois nem mesmo nós a possuímos para fazer tal exigência.
Admitir e respeitar opiniões contrárias à sua é algo em escassez, o hábito de tolerar não é mais usual, é mais fácil trocar, descartar, do que tentar resolver os problemas e as dificuldades que se enfrenta na relação, afinal, defeitos, erros e imperfeições, todos os seres humanos possuem, mas na atualidade, não se tem muita paciência para analisá-los e tentar soluciona-los em parceria e cumplicidade.
As contrariedades e decepções do cotidiano fazem com que as pessoas, a cada dia que passa, se afastem mais umas das outras, se suportem menos, se amem menos e se respeitem menos também, fazendo com que os laços fraternais entre os seres humanos se restrinjam.
E é então que surge a tão citada solidão, mais não uma solidão no seu sentido real da palavra, mas a pior delas, que é o estar só mesmo estando acompanhado. É o sentir-se vazio, sem rumo e sem perspectiva, infeliz e solitário, mesmo quando ao seu lado está aquela pessoa que um dia preencheu tanto espaço em sua vida.
E nesse momento perde-se o chão, o céu fica cinza, o coração acelera, mas não de felicidade como um dia já foi, mas de ansiedade, medo e incertezas, e é nessa hora que nos sentimos inertes e inermes, incapazes de lidar com nossos sentimentos paradoxais, perdidos em um labirinto existencial, repletos de perguntas sem respostas, de anseios desvairados, de buscas inclassificáveis e sem mais sentido algum, por que na verdade o desejo que nos invade é o de novamente ficarmos preenchidos, seja através da companhia do outro ou da nossa mesmo, começando ai, o processo de descobrimento e valorização de nós mesmos.
Angel Marie
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Caminhos para o amor e para a falta dele
Vivemos eternamente em busca do verdadeiro amor, e sonhamos, planejamos, e esperamos intensamente encontrarmos esse magnífico sentimento, que de uma maneira ou de outra, nos fará mudar a nossa história, nos trará mais paz, segurança e tranqüilidade, pelo menos é isso que esperamos que aconteça.
Mas, uma coisa é certa, não nos preparamos para a perda desse grandioso amor, ou seja, estamos tão focados e direcionados a vivê-lo que não percebemos quando ele esta acabando ou fugindo entre nossos dedos, como se fosse areia da praia, sem nos darmos conta de que esse sentimento também se escoa, precisa de cuidado, de atenção, de carinho, de respeito, de zelo, e que encontrá-lo pode até ser fácil, contudo, mantê-lo e perpetuá-lo é o item mais difícil dessa longa jornada.
Acredito que por mais que tentemos desvendar o sentimento do amor, ainda assim não poderemos mensurá-lo ou mesmo descrevê-lo, é comum escrever, poetizar, musicar, analisar, mas o trabalhoso mesmo é vivê-lo em cada vão momento, de forma intensa e valiosa, porque falar que se ama é fácil, o complicado são as demonstrações constantes desse sentimento, é a renúncia de sua roupagem para ceder ao ser amado em algumas situações ou instantes necessários, é a paciência em ouvir, em calar, em estar presente em todos os momentos, bons, ruins, alegres, tristes, é a aceitação de que todos somos imperfeitos e temos defeitos, mas que isso não é o obstáculo, mas sim, o ponto máximo do relacionamento humano, não é se fazer de cegos para os problemas, mas saber enfrentá-los com maturidade, com discernimento, com cautela e acima de tudo, com respeito ao próximo, que na realidade é a base da existência terrena.
Atualmente há uma grande dificuldade em se amar, afinal, as pessoas não querem mais “perder” tempo, estão cada vez mais egoístas e egocêntricas, e com isso, cada vez mais solitárias e infelizes, são namorados de cinco minutos, casamentos de fachada, diluídos por coisas banais, por que os cônjuges não conseguem mais compreender que eles não são adversários ou concorrentes, mas sim companheiros e integrantes de uma mesma equipe a “família”, e assim, propaga-se a descendência de mais pessoas frustradas e sem base familiar, inseguras e indecisas, porque as crianças, os jovens que também fazem parte desse núcleo, ficam sem direção, perdidos e inconstantes em seus próprios pesadelos, mas isso tudo é muito pouco, para que as pessoas percebam o que estão fazendo com suas vidas, e assim continuam a seguir o caminho inconseqüentemente, se unindo e se separando, construindo laços sem solidez, e destruindo a cada dia que passa as bases iniciais de qualquer ser humano, que é a instituição familiar.
Não existe fórmula pronta para ser feliz, isso é um fato, cada um vive de acordo com suas crenças e seus conhecimentos, o que é importante para mim, nem sempre é para você, e assim sucessivamente, mas o que deve ser repensado é a maneira que estamos lidando uns com os outros, imaginamos que somos marionetes manipuláveis e que se algo não está bom, basta pularmos o muro, e ficarmos com outro marionete, e assim seguimos, sem paciência, sem tolerância, fugindo de um defeito, e caindo em outros, sim, porque não encontraremos perfeição em ninguém no mundo, apenas uns com mais e outros com menos, mas no final todos com as mesmas imperfeições e defeitos, bem como, com as mesmas qualidades e virtudes, e nós tolos mortais, imaginando que a maneira mais fácil de resolvermos as situações, é deixar tudo para trás, sem encerrar a história e tentarmos iniciar outra. O que precisamos entender é que todo relacionamento morre e vive dentro dele mesmo, mas o que acontece hoje em dia é que não estamos muito dispostos a passar por essas fases de mudanças e solidificação, e então, partimos para as vias mais fáceis, o descarte do relacionamento e a busca incansável de outros.
Sabemos que muitas relações realmente terminam, por vários motivos, mas o que percebo muito, é que as mesmas estão se dissipando por coisas banais, que poderiam ser resolvidas entre os parceiros, se assim ambos, não estivessem tão cegos pelo egocentrismo e pela falta de empatia, que falta muito hoje em dia, a sensibilidade de nos colocarmos, mesmo que por um instante no lugar do outro, avaliar os erros não como sentenciadores ou juízes, mas como participante, por que não somos vítimas, nem algozes, apenas sempre seremos responsáveis por nossas escolhas, e serão elas que nos direcionarão para um caminho mais feliz ou triste, independente do outro.
A banalidade dos sentimentos faz com que tenhamos pessoas solitárias, mesmo estando acompanhadas, casamentos de fachadas, namoros de conveniências, relações que mais parecem um campo de concentração, tensas, infelizes, sem brilho, com a energia tão desgastada, que a sensação que temos é de ser algo que não existe amor, mas sim, falta de amor próprio, vê-se pessoas aceitando tudo, simplesmente para estar com o outro, se anulando e flagelando, aceitando receber “migalhas” de atenção e amor, e achando que é muito, simplesmente pelo medo da carência, de ficar sem o companheiro ou companheira, sem saber que ficando em uma relação desse jeito, é o mesmo que estar eternamente só, vivendo uma espécie de masoquismo sentimental.
É difícil resolver conflitos sentimentais, mas, temos que ter consciência, que o amor por si só não sobrevive, por mais forte que ele seja, é preciso a união de uma vasta lista de outros sentimentos e comportamentos, bem como, o carinho, a confiança, o respeito, a admiração, a lealdade, a verdade, o prazer de estar com o outro, sem imposições ou obrigações, apenas pela leveza da presença e da energia salutar que ele nos emana, quando realmente vivemos uma relação verdadeira em emoção, o planejar um futuro, o partilhar de sonhos e ideais, a reciprocidade na amizade, no cuidado, nas ações, por menores que sejam, enfim, é preciso avaliar o relacionamento para entender se ainda dá tempo de recuperá-lo, para não cortar o nó, quando o mesmo poderia apenas ter sido desatado, e depois não ficarmos companheiros do pior dos sentenciadores da existência, o arrependimento. Pense nisso!
Angel Marie
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Quando o amor se torna solidão
Há um momento em que percebemos que o nosso amor já não está tão firme e mágico como sempre foi, e nesse momento, nos damos conta de que a sensação de bem estar e de alegria que nos invadia a cada encontro ou despedida, se transformou em solidão e angústia. E que todos os sonhos e projetos feitos juntos, dão lugar para as mágoas, desavenças, inseguranças e desamor.
Nesse momento nos sentimos fracos, tristes, desmotivados e acima de tudo, carentes do outro e de nós mesmos, pois de certa forma, por um segundo, perdemos nossa identidade.
O amor é o sentimento mais intenso e sublime que existe, contudo, o mau amor é capaz de transformar os dias claros em escuros, tranquilos em agitados e felizes em tristes, pois, tem o poder de modificar as vidas das pessoas e mesmo sendo um sentimento pacificador, o seu avesso pode ser muito destruidor.
A sensação que invade a alma de um ser que esta sofrendo de desamor pode ser comparada a uma forma de doença, pois o corpo recebe as energias deletérias que maltratam e angustiam, o coração fica acelerado, mas não por uma emoção tranquila, e sim por uma ansiedade devastadora, um suor intenso, uma fragilidade angustiante, um sufocamento, uma sensação de impotência diante de algo que conhecemos, mas não temos mais controle.
Quando o amor se torna solidão entre duas pessoas que de alguma forma ainda se amam, é muito complicado dialogar, solucionar os conflitos, apaziguar as brigas, ou suprir as carências, pois ambas ficam cegas e não conseguem perceber as suas falhas, apenas se condenam, se culpam, se atormentam, se cobram e se sufocam, seguem uma relação ferida, capenga, caindo e tentando se segurar nos pequenos pontos do passado, ou na eterna esperança que um dos dois vai cair em si e deixar o orgulho de lado e buscar ajustar o que esta errado, mas enquanto essa busca não é encontrada, muitos casais seguem se ferindo, uns conseguem se encontrar, outros terminam, mas se arrependem, por que ainda se amavam e não esgotaram o amor, e muitos outros, buscam as vias extremas, buscam outros parceiros, mesmo ainda estando no relacionamento, acreditando que se tornarão mais felizes ou poderão resolver os conflitos com o parceiro, mas acabam descobrindo de que não adianta fugir dos problemas, que eles existem e precisam ser enfrentados, de forma madura, respeitosa, por que só assim, serão capazes de chegar a uma solução salutar para ambos, mas uma coisa é certa, é fato, é preciso que primeiro se esgote o amor, para então se terminar uma relação, por que senão, vive-se a eterna sensação de algo inacabado e nem um nem o outro conseguirá ser totalmente feliz em seus próximos relacionamentos.
Angel Marie
Quando nos propomos a acreditar no melhor
Quando nos propomos a acreditar no melhor, temos que estar conscientes de que nem sempre as situações da vida serão fáceis e tranqüilas, mas precisamos crer, termos fé, buscando não fraquejarmos nunca, e mesmo que a dor,a tristeza, a perda, a decepção, a desilusão, enfim, todos esses sentimentos que as vezes insistem em nos rondar e nos abater, estejam presentes, mesmo assim é preciso acreditar no melhor sempre, sabe porque? Por que você só tem duas opções na vida, seguir sofrendo e se entregar ou seguir sofrendo e lutar, reagir, se superar, por isso, espero que a sua escolha seja a de ser vencedor sempre, e nunca esqueça de que você sempre será superior a tudo de ruim que possa acontecer, pois és filho único e amado de Deus, e ele sempre estará ao teu lado, te guiando e lhe guardando de todos os males, mesmo que você não acredite nisso!!!
Angel Marie
terça-feira, 13 de abril de 2010
Ao certo nada nos pertence
Em alguns momentos da vida, tudo parece está perdido e sentimos a sensação de que o chão se abriu e de que você está preste a cair em um abismo sem fim. São tormentas que insistem em nos machucar, nos entristecer, nos colocar para baixo, fazendo com que nos sintamos a pior das criaturas.
E assim segue-se a vida com rumos diversos e misteriosos, planeja-se, arquiteta-se, busca-se, mas sem nenhuma certeza da concretização, afinal a vida não nos pertence por completo, o nosso destino de uma certa forma já traçou suas curvas e montou suas linhas retas e ao mesmo tempo paralelas aos nossos desejos, mas que nem sempre seguem juntas e em muitos momentos se separam e seguem caminhos opostos.
E é nesse instante, que nos sentimos vulneráveis, sem base, sem porto seguro, sem rota certa, sendo talvez nesse momento que, chegamos à conclusão de que somos apenas uma gota nesse enorme oceano chamado vida, e de que de nada adianta querer ser, ter, fazer, obter de forma egoísta ou egocêntrica, por que nada ao certo nos pertence inteiramente, nem mesmo o nosso próprio corpo, pois até ele um dia teremos que abandonar.
E mesmo assim, não compreendo porque não nos conformamos com as derrotas, com as desilusões, com as não concretizações tão planejadas, com as dificuldades que insistem em nos rodear e nos desnorteiam por inteiro, enfim com todas as rasteiras que a vida nos dá, sempre nos lembrando de que não temos o domínio sobre tudo e de que não somos tão superiores assim como acreditávamos ser.
E continuamos a sofrer, a nos sentirmos a pior das criaturas, sem rumo, sem direção, desmotivados e em alguns momentos, chegamos a nos sentir vítimas da vida, mas que coisa engraçada essa palavra, “vítimas”, sim nos sentimos injustiçados pela vida que nos coloca em prova a todo instante, nos põe na berlinda da dor, da tristeza, da desilusão, seja através de uma doença, de uma decepção amorosa, de um declínio profissional, seja pelo que for, mas o que não entendemos, é que isso tudo não é privilégio nosso e sim é a "sentença" de toda uma raça, denominada humana e limitada.
Seres humanos limitados e imperfeitos, que nem sempre tem a noção da sua potencialidade, apenas preferem encarar os fatos como trágicos, sem buscar aprender com seus erros e com suas quedas, preferindo a inércia a proatividade, as lamentações a encarar os problemas, mesmo sabendo de que não é exclusividade de um, mas sim de todos, porque da mesma maneira que a felicidade impera, a tristeza também o faz, que a saúde ronda, a doença também o faz, que a fartura abona, a miséria também o faz, e assim segue o rumo da vida, nesses eternos altos e baixos, nessa constante rotatividade de sentimentos e sensações, de erros e acertos, de lutas e vitórias, sempre em frente, na busca incansável para tentar ser feliz.
Angel Marie
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Quando chega o momento em que você é que precisa decidir a sua direção.
Em um determinado momento de sua vida, você percebe que precisa tomar decisões muito importantes, que de uma forma ou de outra farão uma grande diferença para a sua existência.
Decisões que nem sempre são fáceis e tranquilas, mas que são necessárias para que se possa mudar toda uma história, definindo assim a alegria ou a tristeza, a paz ou a guerra no seu destino.
Dentro desse processo de tomada de decisões, o mais importante é fazer as perguntas corretas a você mesmo, sempre alerta às respostas que vem do âmago e só você pode ter a capacidade de desvendá-las, afinal, são através dessas respostas que poderá fazer as suas escolhas, e assim, decidir qual o caminho a seguir. Na maioria das vezes, elas são muito difíceis de serem entendidas, pois nem sempre se quer ouvir o que a razão deseja falar, preferem se iludir com as suas fantasias e criações emotivas, mesmo quando elas os fazem sofrer ou sabe-se que não os levará a lugar nenhum, isso, por medo das mudanças que estarão por vim.
Contudo, as mudanças sempre são um estágio de aprendizado para qualquer pessoa, mesmo quando se negam a aceitá-las, pois, por natureza, a vida é eterna e constante em suas transformações. Desde quando se nasce até a fase da partida pela morte do corpo, o ser humano passa por mutações e conflitos, que às vezes são tranquilas, mas quase sempre são turbulentas, forçando assim, um amadurecimento mais rápido e doloroso.
Com o processo de amadurecimento, surgem às dúvidas e indecisões, os conflitos existenciais e emocionais que fazem com que as pessoas criem expectativas de salvação em outra pessoa, mas na realidade, sabe-se que esses conflitos internos só podem ser solucionados por elas mesmas.
Vive-se a vida em busca do sucesso, do amor perfeito, da fama, do dinheiro, da saúde, beleza, felicidade, status, mas nunca se busca conhecer a si mesmo interiormente, a se amar, valorizar, se importar com suas sensações, anseios, desejos, decisões, enfim, passamos anos de nossa existência depositando nossa vida nas mãos de outras pessoas, para que elas decidam se seremos felizes ou não, se seremos melhores ou piores, se teremos sorte ou azar, se seremos vencedores ou perdedores, e sempre nos esquecendo que, o único e exclusivo ser que poderá determinar qualquer coisa em nossas vidas, é tão somente nós mesmos, e mais ninguém.
Daí, é de onde surgem as dificuldades em assumir decisões, afinal estamos muito mal acostumados a decidirem tudo por nós, totalmente dependentes emocionalmente, e então, quando nos damos conta, percebemos que estamos envolto a uma prisão imaginária, que nos sufoca e nos prende nos deixando imobilizados para qualquer atitude de libertação.
E é nesse momento que sofremos, nos desesperamos, pois é quando nos damos conta da realidade que vivemos, por que, até sabemos o que é preciso ser feito, mas estamos tão envolvidos, amordaçados e confusos com a nossa própria identidade, que ficamos desnorteados e sem atitude, afinal, por muito tempo permitimos que vivessem nossa vida, e ficamos só de espectadores, sombras, e deixamos a pessoa mais importante em segundo plano, abandonada, só e sem direção, que nada mais é do que nós mesmos.
A partir dessa descoberta, dessa reflexão, é onde se precisa ser mais forte e decidido do que antes, buscar forças no fundo da alma e da mente para sair do poço, ver a luz novamente a te guiar, redirecionar seu caminho, não como coadjuvante, mas como ator ou atriz principal dessa peça chamada vida, criando oportunidades e ouvindo mais a voz que vem do coração, se importando não mais com o que falam ou mandam você fazer, mas com o que o seu “Eu” que é o ser mais importante quer dizer, para que se possa tomar as decisões acertadas, lhe direcionando para um caminho melhor e mais seguro.
Por fim, é preciso que você perceba que existe alguém no mundo que é muito importante para você, e que não pode permitir que machuquem esse alguém ou o façam sofrer. Pois, ele é precioso e merece toda a felicidade do mundo, toda alegria, valorização, sucesso e amor. Por que esse alguém será a única pessoa que irá seguir com você até o fim, independente de qualquer coisa, e por isso, ele tem que te amar e te aceitar, e acima de tudo, lhe proteger sempre, afinal esse alguém, te conhece, e sabe de tudo sobre você, e somente ele, é fiel, leal, digno e se manterá ao seu lado até o fim de sua jornada na terra. Por que esse alguém nada mais é do que “você” mesmo.
Angel Marie
Uma conquista diária.
Às vezes não nos damos conta de toda a imensidão de oportunidades e de vida que nos rodeia, preferimos perder tempo com as lamúrias, sentindo piedade de nós mesmos, nos achando os mais injustiçados, problemáticos, sem sorte, enfim, nos qualificando os "excluídos", talvez por que seja mais cômodo, menos trabalhoso, por que para você enfrentar problemas requer uma coragem enorme, pois lhe obriga a usar seu potencial, e às vezes você esquece que tem, a usar sua mente, sua inteligência, sair do papel de vítima e tomar a direção do barco da sua vida, por que o sofrimento pode acontecer, mas o que não podemos é permitir que ele nos direcione, afinal nós somos superiores a ele, concorda? É fácil? Não!! É difícil tomar as rédeas da situação, mas lhes garanto que é muito mais difícil viver uma vida pela metade, frustrada, infeliz, pelo simples medo ou receio de arriscar acertar e sair desse estado de "normose", por que ao certo não sabemos muito sobre nós mesmos e os mistérios que nos envolvem, mas uma coisa sabemos desde o primeiro respirar na terra, que estamos aqui para sermos felizes, e se você tem dúvidas disso, basta olhar ao redor e ver quantas coisas nos são dadas todos os dias, independente de qualquer situação que estejamos, coisas que não precisam de explicações e nem confirmações científicas ou religiosas, pois até para os mais céticos é visível e admissível, portanto, mãos a obra, reflitamos nesse momento, e façamos a melhor escolha, sejamos felizes, saíamos do papel de "coitadinhos" por que isso nem nos cabe, somos seres racionais e com capacidades imensuráveis, somos os únicos e exclusivos responsáveis pelo nosso destino, temos o livre arbítrio, e só precisamos é começar a praticar o exercício de acreditar mais em nós mesmos e praticar o amor próprio.
Angel Marie
domingo, 11 de abril de 2010
O exercício do amor próprio
Hoje talvez não haja mais tempo de recuperarmos aquele amor que está indo embora, tudo bem, mas sempre haverá tempo para amar e ser amado, sonhar e realizar, ser feliz, livre e tranqüilo, ter outra oportunidade, porque o amor é infinito, transcende a alma e os limites inacessíveis do ser humano, por que ele é forte, sólido, bravo e assim torna quem o recebe. Não existe “morrer” por amor, não!! Por que o amor não mata, ele faz nascer, ele revive as chamas apagadas da solidão, ele acende a luz interna do coração, agiganta a mente para uma nova fase de vida e desarma das armadilhas da noite escura.
Há amor para todos, e se o seu ainda não chegou, é porque talvez você não esteja meio receptiva para ele, porque ele sempre está em busca de um habitat, de um refúgio, não existe distinção de cor, raça, fator econômico ou social, físico ou mental, todos, indistintamente amam e podem ser amado. Mas, o mais importante é que tenhamos a consciência de que o maior e o verdadeiro amor que teremos na vida, e que não deve nunca nos abandonar, é o nosso amor próprio, pois é ele que faz de nós seres especiais e preparados para recebermos outros mesmos amores idênticos ao nosso, aquele que eleva, engrandece, nos melhora a cada dia, como seres materiais e espirituais, que é capaz de curar, de alegrar, de derrubar barreiras e acima de tudo, de nos fortalecer e solidificar.
Um amor puro e verdadeiro que não faz o mal, não é cego para os defeitos, apenas os coloca em plano inferior aos das qualidades, um sentimento pleno de estar no caminho certo, em busca da plenitude, em busca de um encontro com nós mesmos em nosso estado mais íntimo e sagrado. Esse amor existe e está esperando por todos os seres da terra, mesmo os irracionais, por que ele é vindo de uma fonte inesgotável, inoxidável, incomensurável de paz e luz, e vem recheado da junção de todos os sentimentos grandiosos que o homem pode experimentar, basta que ele olhe para si mesmo, e perceba e aceite, que ele é digno desse amor, que somos dignos de nos banharmos nessa fonte cristalina, pois somos criaturas abençoadas, mas apenas estamos meio perdidos nessa jornada linda, que é viver.
Por isso, aos que tem um amor, cuide bem dele, e cuide-se. Aos que não tem um amor, busquem com tranqüilidade, e também cuidem-se. Aos que pensam não serem merecedores de uma amor, olhem pela janela e vejam quantas bênçãos você já possui na vida, e se pergunte olhando ao espelho, se você realmente não é um merecedor? Depois da resposta, vá em busca dele, e cuide-se. Aos que perderam um amor, saibam que um amor nunca é perdido, seja pelo rompimento material (a morte), ou moral (a separação), pois o amor é regenerador, e pelo simples fato de ter tido, por mesmo que não para sempre, você nunca pode se dizer um perdedor. E aqueles que estão em luta por um amor, não se esqueça de que lutar vale a pena, quando o nosso amor não nos prejudica e nem ao próximo, por que amor que chega de forma não sagrada, não traz felicidade tão esperada.
Que a arte de amar seja a ferramenta diária de todos vocês e que essa matéria seja sempre passada com nota máxima de compreensão e aprendizado, por que amar vale a pena, e todos os riscos que corremos por amor, quando não nos faz mal ou ao outro, são sementes plantadas e cultivadas para toda a eternidade.
Que o amor universal possa se fazer presente na vida de todos vocês, e enquanto o amor carnal não chegar, que você aprenda a cada dia a praticar o exercício do amor próprio, para se fortalecer e se aceitar do jeito que é e as pessoas do jeito que elas são.
Um grande abraço fraternal e desejo a todos muito amor no coração!
Angel Marie
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