O Exercício do Amor Próprio

O Exercício do Amor Próprio

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A efemeridade das relações!





Avaliando as relações modernas, e isso dando referência à atitude de homens e mulheres, é perceptível que a grande maioria hoje em dia está mais em busca de ter que ser. Valorizando mais a quantidade a qualidade. Vivendo um processo rotativo tão intenso e, sinceramente, enganando-se que está em busca do grande amor de sua vida agindo assim: só experimentando, sem mais. 

As relações são efêmeras, enfraquecidas e "descartáveis". É simples começar e terminar qualquer coisa. Sente-se atração, tesão, desejo e tudo se resume e acaba nisso. Poucos são aqueles que realmente investem em algo mais sólido. E digo mais, quando me refiro a solidez nada tem a ver com namoro sério, noivado, casamento ou qualquer relação tradicional, não, refiro-me simplesmente ao mínimo de respeito que se precisa ter em uma relação e que a faz, mesmo que não seja eterna, ser digna e respeitosa o tempo que ela durar. Afinal de contas, é preciso lembrar que o outro é um ser que sente e não é apenas puro instinto a ser saciado e pronto.

Mas, infelizmente o que mais notamos são as relações por conveniência e oportunismo, pois essas facilmente são trocadas quando não satisfazem mais. Não há danos, nem perdas. Apenas passa-se adiante em busca da próxima ou do próximo. E o mais interessante é que essas pessoas vivem assim e acreditam que estão felizes, mas o que você vê mesmo são seres humanos vazios, incompletos, em busca de uma perfeição que não existe para completar aquilo que jamais será complementado por outro, porque a falta é e esta em cada um.

Acredito que os supostos "contratos" relacionais da atualidade, apesar de parecerem tão liberais e modernos, livres e "super bacanas", mostram mais o reflexo de muitos seres que estão perdidos, com medo de amar, com feridas que ainda não cicatrizaram e, por isso, precisam viver nessa inconstância para não correr o risco de "sofrer" de novo ou se apegar a alguém e não ter o controle emocional para lidar com a relação e com seus próprios "dragões" interiores.

Não se enganem, por mais que tenhamos desejos intensos e sexuais, somos mais que corpos vazios que seguem em busca, apenas, de saciá-los. Possuímos alma, espírito e sentimento e são eles que nos diferenciam dos animais que podem, sim, viver só para copular, sem mais.

É preciso refletir! E, mais que tudo, recordar sempre da nossa humanidade.

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