O Exercício do Amor Próprio
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Príncipes encantados?! Homem Perfeito?! Hum...
Não queira príncipe encantado e amor eterno perfeito, pois esses, com certeza, só existem nos contos de fadas. Existem lá, porque o “the end” deles sempre acontece logo após o casamento, na verdade, ninguém nunca se atreveu a contar a história depois disso, e até chegar nele, ambos vivem na busca pelo encontro, passando por desafios, separações, distanciamentos e pouco convivem, realmente.
O mito do homem perfeito, daquele que vai chegar em um cavalo branco e nos salvar das garras do “dragão” da solidão, da carência e das expectativas exageradas de um amor sem problemas, acredito eu, é a forma mais fácil e direta de sofrimento. Por quê?! Porque acreditar na perfeição - seja ela qual for ou vinda de quem for - no mundo em que vivemos é o mesmo que acreditar que somos imortais, inatingíveis e oniscientes, resumindo: Deuses.
Mas, a verdade é que somos - TODOS – homens e mulheres, humanos, falhos, errantes, atingíveis, mortais, “ignorantes”, eternos aprendizes imperfeitos, contudo, sempre na busca pelo melhor e por nos tornar melhores.
E assim sendo, o objetivo não deve ser encontrar o príncipe encantado, porque ele só a Cinderela, a Rapunzel e a Bela Adormecida encontraram. No caso das meras mortais, que não vivem em um livro de contos de fadas, mas, sim, em um livro existencial chamado vida real, a busca deve ser por aquele que, pode até ser um “sapo”, mas, que saiba ser um “príncipe” no tratamento com você.
Que ele seja doce, educado, cortês, cavalheiro, que tenha respeito, que seja carinhoso, sensato, sincero, honesto, verdadeiro, que saiba cativar e tenha responsabilidade nisso, que ao lidar com você, mesmo sabendo que também não é a “princesa” das historinhas, mas, que lhe trate como se fosse, que saiba valorizar as suas qualidades, obviamente, identificando os defeitos, que saiba conduzir a relação não como uma história com a pretensão de um “foram felizes para sempre...”, porém, com todos os esforços para fazê-la ser “feliz VERDADEIRAMENTE enquanto durar...”.
Acredito que nos perdemos em nossos castelos de ilusões sentimentais, a partir do momento em que idealizamos demais o outro, quando desejamos que ele seja o “príncipe” ou a “princesa” que tanto buscamos, expectamos e esperamos que chegasse para nos salvar. Quando na verdade, o objetivo deveria ser apenas que ele ou ela viesse para ser um parceiro (a) da caminhada, que estivesse disposto (a) a – juntos – seguirem os caminhos floridos, mas também, muitas vezes, íngremes de qualquer relação a dois.
O “homem perfeito”, com certeza, será aquele que estiver disposto a sê-lo com você, e vice-versa. Será aquele, que mesmo tendo consciência de todas as suas limitações e deficiências, estará decidido a tentar relacionar-se e esforçar-se para que a sua história seja construída de forma leve, tranquila, passando por todas as etapas de uma relação, sem ter a pretensão de ser melhor, nem pior, apenas ele mesmo em toda a sua essência (boa e ruim).
Contudo, para mim, em especial, o que difere um “homem perfeito” de um “homem comum” é apenas a forma dele se importar com você, de não ser egoísta, não pensar só em seu bel-prazer, mas, em ter consciência que ao estar em uma relação, por mais que sejamos individualistas e individuais, qualquer relacionamento só pode acontecer a dois, portanto, ambos importam.
Angel Marques 09-11-12
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