O Exercício do Amor Próprio

O Exercício do Amor Próprio

sábado, 15 de setembro de 2012

"Eu te amo" seria " oi"?



Nos dias atuais, as pessoas amam e "desamam" muito rápido. Não sou descrente do amor, ao contrário, tenho tanto respeito a ele que me pergunto: será que as pessoas não estariam confundindo os sentimentos?! Porque hoje em dia as substituições dos sentimentos estão tão rápidas e as relações tão efêmeras, que não temos como não indagar sobre elas.

Até acredito em amor a primeira vista, intensidade com que se ama, mas não consigo conceber esse tipo de amor sendo constante e em curtos intervalos de tempo. E mais ainda, sendo direcionado a uma nova pessoa, sempre.

Se diz "Eu te amo" com a mesma facilidade que se diz "um oi". E troca-se de "meu amor, minha vida" com a mesma facilidade que se troca "meu sapato, minha blusa".
É estranho. Pode soar julgamento ou crítica, afinal, hoje em dia estamos na era do "tudo pode" tudo é permitido, não existe "censura" para nada.

Inclusive, até experimentos com seus próprios sentimentos, com os dos outros, e tá tudo certo...o que importa é "tentar de tudo", sem a preocupação com o prejuízo que isso possa causar em cada um.

Mas eu ainda continuo me indagando - baseada em uma regra, claro, porque vejo também as exceções - porque mesmo diante disso tudo as pessoas ainda continuam infelizes em seus "relacionamentos"?! Ou vivendo apenas de fachada?! Ou se sujeitando a viver muita - solidão acompanhada -?!

Pulando de relação em relação sem cicatrizar as passadas, sem findá-las no íntimo?! E acumulando feridas que não podem ser curadas apenas com festinhas e viagens juntos, sexo e carinhos artificiais, porque no íntimo ainda se deseja outro, outra e, lá, não há como se enganar...??

Claro que as exceções estão ai para provar que ainda existe amor verdadeiro, sincero, fortalecido e sem máscaras. Mas infelizmente, o que mais se vê são as relações artificiais, de amores passageiros, enfraquecidos, sem solidez. Que se rompem por qualquer bobagem, que se perdem sem quê nem pra quê, que não se concretizam e solidificam de verdade.

E diante disso tudo, eu ainda pergunto: A quem estamos realmente enganando quando nos sujeitamos a viver uma relação artificial?!!


Angel Marques

Nenhum comentário:

Postar um comentário