O Exercício do Amor Próprio

O Exercício do Amor Próprio

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Quem se doa demais ao outro, se perde de si?

amor próprio
Quem se doa demais ao outro, se perde de si...


Doar-se é necessário, claro, mas é preciso verificar e identificar quando você está se doando mais ao outro que a si mesmo. Quando deixamos de ser quem somos para satisfazer ou viver a vida de outro alguém, damos a essa pessoa poderes que ela não deveria ter sobre nós. 

Damos a ela, basicamente, nossa identidade. É por isso, que a maioria das relações quando findam, quem se doou exageradamente, fica perdido, sem rumo, em desequilíbrio, pois ao ver o outro partir vê, também, a si mesmo indo embora e sente-se vazio, oco e, mais que tudo, enfraquecido e inseguro.

Quem se doa demais ao outro, acaba se perdendo de si e o resultado pode ser devastador para o íntimo.

QUANDO ESTOU ME DOANDO DEMAIS?

É preciso entender que somos seres individuais, mas vivendo em coletividade. Que estamos aqui para viver uns COM os outros e não uns PARA os outros. Por isso, quando deixamos de ser "EU" para viver como "NÓS" perdemos os melhores momentos de nossa essência, as melhores descobertas do outro e, também, de nós mesmos ao lado dele. 

Deixamos de ser DOIS para viver UM e, acredite, nessa relação há mais de possessividade que amor. O amor é leve, livre, ambos se permitem ser quem são e viver em comunhão, mas jamais submissão.

O VIVER A DOIS, SEM SE PERDER DE SI.

Viver a dois se torna uma tarefa simples quando aprendemos a viver como um; quando passamos a nos conhecer mais, valorizar, respeitar e, acima de tudo, amar. Não há como fazer pelo outro aquilo que não conseguimos fazer por nós mesmos. 

Somos diferentes e sempre seremos, mas se aprendermos a lidar com essas diferenças, respeitando-as e ajustando-as às nossas, sem precisar fingir, se autoflagelar, ignorar ou autossabotar, certamente, teremos relações mais fortalecidas, enriquecidas e com amor próprio duplicado.

Afinal se contas, se não houver amor próprio, jamais haverá uma doação sem submissão. 



Angel Marques 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

"Ciúmes de você..." Será?




O ciúme e a possessividade realmente são armas letais. Eles fazem mal não só para quem os recebe, mas e bem mais para quem os possui. Porém, é preciso saber avaliar se realmente as atitudes empreendidas em uma situação foram ocasionadas por eles ou por reações a ações desrespeitosas que qualquer ser humano que as vivenciasse na pele, também, as cometeria. Afinal de contas, todo ser humano quer e precisa de respeito. Ninguém precisa ser exposto a situações ridículas e que agridam a sua moral. Por mais tolas que elas pareçam ser.
É preciso refletir para não confundir ciúme, possessividade com respeito por si e pelos princípios que se acredita que foram feridos pela ação do outro.
A dor do outro só poderá ser sentida quando você a vivencia. Por isso, não julgue jamais aquilo que você não sabe se fosse em seu lugar se você não agiria igual ou até pior. Como diz Caetano: "Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"... e eu completo: e viver o que vive.
Angel Marques

domingo, 22 de janeiro de 2017

Acreditar no amor é tarefa para os fortes!





Acreditar no amor é tarefa para os fortes. Porque amar requer de nós uma coragem ímpar. Coragem para entrar numa viagem alucinante em parceria com a vida de outro alguém, o qual, assim como você é um ser humano pleno de todas as preciosidades que possui, mas também todas as suas falhas, erros e imperfeições. Coragem para vencer preconceitos, muitas vezes tão banais, mas que devido a cultura, as diferenças, a sociedade, acabam tendo um peso a mais nesse processo de amar. Coragem para saber perdoar e pedir perdão. Coragem para saber que o amor é a dois, mas as influências sobre ele são a mil, porque todos tem suas parcelas de contribuições para melhorar ou piorar. E será preciso ser forte e sábio para saber discernir, filtrar e não se contaminar, nem para o bem, nem para o mal. Coragem para entender que o amor pode ser perfeito, mas as pessoas que amam não são e nunca serão. Que o amor à dois não é apenas aquele universal, ágape, que tornaria qualquer relação sublime, mas ele é composto do philos e do eros, que trazem ao relacionamento a personificação do material, da atração física, dos desejos, possessões, ciúmes, descontentamentos, desgastes, conflitos, ruídos na comunicação e tudo aquilo que possa nos lembrar de que não somos santos ou anjos em uma experiência carnal, mas sim humanos e providos de todas as limitações possíveis para não nos tornarmos santificados um ao lado do outro. Isso não existe! O que existe é o aprendizado mútuo.
O que existe é a percepção de que o diálogo pode ajudar. De que diminuir o ego e o orgulho, pode facilitar o entendimento. De que ninguém conduz uma relação só, sem essa de "dominar", somos apenas responsáveis por nossas escolhas e temos, todos, o livre arbítrio. De que em uma relação não existe anjo ou demônio, pois ambos assumem os dois papeis em determinado momento. De que a maturidade está além da idade, pois ela está ligada a vivência e ao aprendizado adquirido. E nem sempre, ou quase sempre os seres não chegam nesse patamar de equilíbrio emocional tão fácil. Se assim fosse, não teríamos tanta gente mais velha e tão fragilizada emocionalmente.
Enfim, é preciso coragem para acreditar no amor e, mais que tudo, manter ele firme. Mesmo tendo a consciência de que não é só o amor que mantém uma relação. E como bem disse Jung: "O amor é permissão". Nós nos permitimos viver a experiência do amor, mesmo sabendo que nem sempre ele será um mar de rosas, pois toda rosa tem espinho. Mas o que define se é válido ou não seguir com ele é fazer o velho balanço, utilizando a balança da justiça e avaliando qual o lado pesa mais, apesar dos pesares: o prazer de estar junto ou o descontentamento? O bem que se fez ou faz ou o mal? A contribuição emocional e espiritual que se troca ou o desgaste deles?
E assim seguimos sem coragem de amar, porque o amor nos convida a desnudar nossa alma e, muitas vezes, o outro nos mostra quem somos além das aparências e isso, para muitos que não se conhecem, é pesado demais para carregar.
Amar sempre valerá a pena, independente dos pesares que chegam com ele.
Muito amor para todos!!
Angel Marques