O Exercício do Amor Próprio
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Não espere recompensas...quer fazer?! Faça!!
Quer fazer o bem?! Faça!! Mas não espere méritos ou retribuições por isso. Quer ajudar alguém?! Ajude, mas não espere que façam o mesmo por você! Quer a cada dia se melhorar como ser humano e como ser espiritual?! Tente, batalhe, mas saiba que a luta entre o bem e o mal, mesmo dentro de você, não é nada fácil, mas com certeza n é impossível!
A melhor maneira de vivermos em paz com nós mesmos, sem melindres, sem tantas decepções, sem grandes esperas de retornos, é apenas SER e FAZER o que você está a fim, por quem você quiser, onde você quiser e como você quiser, sem criar expectativas exageradas, por que sempre serão elas que irão lhe causar frustrações, afinal de contas NINGUÉM É IGUAL A NINGUÉM, e mais ainda, NINGUÉM JAMAIS SERÁ IGUAL À VC!!
Angel Marques
O Sol nasce para todos....
Quando as pessoas irão entender que a UNIÃO faz a força e que O SOL nasce para TODOS e que todos tem o seu lugar sob ele?!
Até quando iremos seguir nos digladiando por motivos fúteis, por egos exaltados, por falta de humildade, por falta de GRATIDÃO e reconhecimento, por excesso de egocentrismo?!
Quando as pessoas vão compreender que TUDO só acontece quando tem que acontecer e que ninguém tem o poder de nos desvalorizar, nos diminuir ou nos machucar, se assim, nós não permitirmos?!
Precisamos ter a consciência de quem somos, do que temos e do potencial que cada um de nós possui, para podermos seguir na vida, sem muitas mágoas, melindres e acima de tudo, nos amando e respeitando mais.
Angel Marques
A Decisão - CONTO -
Naquela manhã, Francisca acordou decidida, não podia mais esperar, já estava cansada de fingir e mais ainda, de mentir para si mesma. Seguiu até a janela, como fazia todos os dias, em um mesmo ritual, quase sagrado, abriu-a e olhou para fora, vendo a mesma imagem que há 25 anos a fazia sorrir e chorar, a depender do seu estado de ânimo, causado entre a dualidade de seus sentimentos e oscilações de humor, o velho arvoredo e o pequeno ninho de passarinhos, que a cada ano se renovava.
Basicamente, ela se sentiu a espectadora-mãe de muitos deles, pois em seus momentos de tristeza, passava horas vendo o hábito daquela família de aves coloridas, a forma como a mãe-passarinho alimentava seus filhos-passarinhos, o pai-passarinho que só chegava ao final do dia, todo amor e carinho que era capaz de transmitir aquela família do mundo animal, e então, em mais um dia ela se indagou:
- E eu, que não passo, nem passaria, apenas aceito e fico em meu “ninho”, será que hoje consigo?!
Levantou em direção à cozinha, passeou entre os outros quartos, abriu o banheiro, andou pela sala vazia e sem nenhum barulho, ou melhor, ali ela ainda ouvia o coro dos passarinhos, os do arvoredo, que estavam ali há 25 anos acompanhando sua vida, como uma espécie de coadjuvantes desse drama-comédia que era a sua existência. E mais uma vez, ela pensou:
- Será que eu conseguirei?! Terei coragem para seguir adiante em minha decisão?!
Nesse momento, lembrou-se do cesto de roupas sujas que tinha deixado para serem lavadas naquele dia, seguiu até a área de serviço e de longe, avistou ao lado do cesto, caído no chão, um pedaço de tecido vermelho, de um vestido já bem envelhecido, com alguns detalhes estampados que a fez relembrar do momento em que o usou pela última vez. Ah! E aquelas lembranças tinham que surgir logo naquele momento, no qual ela já estava tão segura, em relação a sua decisão, ou será que não, que ela não tinha, ainda, toda essa segurança.
Na verdade, nesse momento ela nem se importou, por que aquela lembrança a fez viajar por um tempo mágico, onde ela foi feliz incondicionalmente. A sensação foi tão intensa, que ela conseguia sentir a emoção forte ao ouvir em sua janela emotiva, a música que estava tocando no exato momento que ela estava se produzindo e vestindo aquele vestido vermelho com estampas. Por um segundo, ela começou a cantar: “Você é linda, mais que demais, você é linda sim, onda do mar, do amor que bateu em mim...”. Por um segundo, sorriu e disse:
- Ah! Caetano, sempre compondo a trilha sonora da minha vida e até nas minhas decisões mais difíceis, você tem que estar presente.
Seguiu sua rotina. Colocou as roupas na máquina de lavar, depois cantarolando, ainda Caetano, foi arrumar a casa, lavou as louças e fez o almoço. Mas, seus pensamentos ainda continuavam fervilhando, sua mente estava ansiosa e ela não conseguia se concentrar no que realmente precisava fazer para resolver as suas indagações e dúvidas. Quando de repente, o telefone toca, ela segue para atendê-lo:
- Alô! Quer falar com quem?! Não, não é aqui. A senhora ligou errado.
E nesse momento de insistência, a pessoa que estava do outro lado da linha, já estava deixando Francisca super irritada, por que insistia em dizer que esse era o número da casa da pessoa que ela queria falar. Francisca, já quase sem paciência, disse:
- Minha senhora, aqui não tem nenhuma Cininha, essa é a minha casa há 25 anos. Entendo o seu desespero, peço até que se acalme, mas não posso fazer nada.
Francisca percebia pela voz da mulher que, ela era uma senhora e que estava muito nervosa. Mas, também, entendia que não conhecia a tal Cininha e não podia ajudá-la naquele momento. Quase sendo grosseira, respirou fundo e disse:
- Olhe, reveja a sua agenda, seus números e ligue novamente, por que esse número que a senhora ligou, não é de nenhuma Cininha. Passar bem! Desligando o telefone na cara da senhora.
Ainda um pouco chateada com a insistência da senhora na ligação, Francisca, se deu conta que por alguns segundo, sua atenção foi tão direcionada a outro assunto, que ela chegou a esquecer que tinha uma decisão a ser tomada. Suspirou profundamente, sentou-se ao lado da banca onde estava o aparelho telefônico, na velha poltrona e desabou em choro. Agora, era uma mistura de raiva, pela ligação insistente, de angústia e suas recordações...
Mesmo com a sua irritabilidade, Francisca ficou encucada com aquela ligação. Curiosa como era, ficou matutando quem haveria de ser a tal Cininha e em suas elocubrações, imaginou que de repente, se Cininha não seria uma sofredora igual a ela, que aquela senhora estava ligando para saber dela, ou poderia ser o contrário, a senhora estava precisando da ajuda de Cininha, pois, estava com algum problema grave, por isso estava desesperada.
Naquele momento, Francisca sentiu-se péssima, percebeu o quanto fora egoísta, podia ter tentado ajudar a pobre coitada, que estava tão desesperada do outro lado da linha, mas não, os seus problemas eram maiores, as suas dúvidas eram a prioridade, a sua decisão era o que mais importava e a consumia naquele instante, e pensou:
- Como fui egoísta e tola. Poderia ao menos ter tentado ajudar a pobre mulher a encontrar a tal Cininha. Quem sabe, isso não ajudaria a ambas. A mim e a ela. Suspira e silencia por um instante.
As horas estavam passando rápido, e já estava caindo à noite e Francisca ainda não estava segura com a sua decisão, afinal ela precisaria de muita coragem, determinação e força para se libertar e dar um basta naquilo tudo. Não estava se sentindo bem com aquela situação.
Sentia-se sufocada, aprisionada e sabia que tinha que tomar uma atitude firme para poder seguir em paz.
Foi então que, ela, em um arrebatamento levantou-se, seguiu até o seu quarto, abriu o guarda-roupa pegou algumas malas que estava em cima do mesmo e começou a jogar todas as roupas em cima da cama, triste, chorando, mas pensando:
- Preciso fazer isso. Não posso viver mais desse jeito. Na verdade, não estou nem mais vivendo, só vegetando e eu sei que essa é a melhor solução que tem a ser feita.
Continuou a retirar todas as roupas, caixas de sapatos que estavam na parte de baixo, cintos, acessórios, documentos e, até, alguns livros que já estavam até empoeirando, foi colocando tudo organizado, dobrando cada peça e soluçando em lágrimas, mas sempre dizendo:
- É necessário. Eu preciso me libertar disso. Não posso mais viver assim, é muita dor, muito sofrimento...
E a cada mala pronta e fechada, era como se um pedaço dela, também, estivesse ali dentro. Mas ela seguia firme e forte, arrumando tudo. E ao final, quando viu todo o guarda-roupa vazio, sem nenhuma peça de roupa, oco, profundo assim como estava o seu coração naquele momento, ela respirou profundamente e disse:
- Agora, eu posso seguir. Vai amor, segue seu caminho em paz. Durante esses anos todos, aprisionei você aqui, José, em suas roupas, livros, cintos e recordações de nossa vida. Mas, hoje, não agüento mais, tive que tomar essa decisão, meu nego. E a partir de agora, o único lugar que você continuará, sempre vivo, será aqui, dentro do meu coração.
Angel Marie Marques, 20 de agosto de 2011
Caminhos, caminhada...Avançar sempre!
Quantos caminhos percorridos, quanta caminhada para se chegar aos objetivos. E que bom é poder ter histórias para contar, lições para aprender, amigos para encontrar, pontes para facilitar algumas travessias mais penosas, aconchego para as horas de cansaço, incentivos para as horas de desânimo, fé para as horas de desespero, coragem para as horas de receios e medos, sorrisos, para os momentos de tristezas, parceiros para os momentos de indecisões, presença para os momentos de silêncio, colo para os momentos de desistências ou recuos, e vida, muita vida para todos os momentos.
Nem sempre a caminhada é tranqüila, existem as tempestades e desafios, mas também, junto com eles chegarão os dias floridos, as noites estreladas e a certeza que, depois de qualquer noite escura, um lindo e novo dia sempre surgirá para nos motivar a avançar.
Por isso, AVANCE, percorra todas as milhas e milhas que precisar, ouse, arrisque, por que no final, chegando ou não ao objetivo tão almejado, mesmo assim, você terá VIVIDO intensamente a jornada, e isso, não tem preço!!
Angel Marques
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