O Exercício do Amor Próprio
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Quanto custa, o amor?! A banana?! E a melancia?!
Há algum tempo, venho observando algumas banalizações na vida, e uma delas, é em relação ao amor, aos sentimentos. Percebo que vivemos em uma época, na qual somos privilegiados com tanta tecnologia, informação, avanços científicos, a medicina evoluindo ainda mais e podendo salvar vidas, a cidade crescendo e solidificando concretos e tijolos, arranhas-céus, carros potentes, belíssimos, conforto e tudo aquilo, que de certa forma, seria o ideal para se ter uma vida alegre, feliz, saudável e sem grandes transtornos, aborrecimentos e sofrimentos.
Mas não é o que realmente acontece, quando se assiste ou ler a um jornal, as notícias em qualquer meio de comunicação mostram uma realidade “emocional” bem diferente do que se deseja ou se esperava. A cada dia, o ser humano está mais desequilibrado emocionalmente, menos conhece a si mesmo, e por conseqüência, menos conhece o outro, pouco se valoriza, e assim, termina por valorizar muito menos ainda o próximo, e nesse “jogo” desenfreado na busca mais do “ter” que do “ser”, as pessoas acabam por banalizar totalmente os sentimentos, o respeito, o amor, o cuidado, e tudo aquilo que possa dizer respeito à parte mais íntima de cada um.
Hoje, observando a postura de um homem em relação a uma mulher, lembra muito a era primitiva, que ele apenas caçava e procriava, sem preocupações maiores, mas se avaliarmos racionalmente, então teríamos que dizer que esse animal “homem” não evoluiu mental e emocionalmente?! Que tudo em volta progrediu e ele intimamente estagnou ou retrogrou?! E pior, que as mulheres, para poder se inserir ao meio, precisaram se igualar a eles, mas intimamente, vivem frustradas, por que há uma diferença imensa entre ambos, e por mais que queiram estar em igualdade emocional, até por questões culturais e biológicas, não estão?!
Com certeza, muitas pessoas irão discordar de minhas palavras, afinal, discordar da teoria é simples, mas quando vamos à prática das situações, o que mais vemos, são relacionamentos inconstantes, pessoas altamente carentes, casais juntos por conveniência, mesmo vivendo em um tempo, em que isso nem cabe mais, já que estamos vivendo a era da “liberdade” geral, e ninguém é obrigado a estar com ninguém, o que também, confundem com falta de respeito e libertinagem, enfim, poderia citar muitas outras situações que mostraria que a maioria das pessoas que buscam insaciavelmente algo para preencher o vazio que não sacia, de certa forma, está perdida e apenas querendo se encontrar, mas não quer ter esse esforço, por que conhecer a si mesmo requer muita coragem, força de vontade, renúncias e acima de tudo, retirar a capa de “vítima da situação” e vestir a da “assumir suas escolhas”.
E nesse processo, seguimos banalizando tudo e todos, qualificando e igualando o amor e os sentimentos a frutas e verduras, que podem ser encontrados na feira e comprados por preços diversos, inclusive baratíssimos. Citando uma frase hilária, mas que me fez refletir muito, em relação às redes sociais, que hoje também é mais um meio utilizado para essas banalizações, ouvi como é tão simples conseguir uma “transa”, “que basta adicionar ao facebook, depois no MSN, em seguida consegue o número telefônico e para o passo seguinte é um pulo” ou mesmo, pode-se fazer o sentido contrário...uma frase dita em tom de brincadeira, mas que me fez avaliar que, infelizmente, é assim que estamos sendo tratadas mesmo, sem romantismo, sem grandes valores, sem conquistas, apenas como “presa” a ser “abatida” no momento exato.
Não estou aqui para julgar ou criticar quem acha que tudo isso faz parte da modernidade, que é diversão, é libido, é desejo, é vontade e se ambos estão a fim, ótimo, não há banalização. Mas com certeza, nenhuma mulher por mais que ela tenha necessidades sexuais similares as dos homens, deve se sentir plena sendo considerada apenas mais uma na lista do "abate". Pelo menos, não é o que vemos e observamos na oratória da maioria, que mesmo não acreditando mais no “amor” por causa de tanta decepção, jamais perde a esperança de encontrar aquele que poderá olhar para ela, além de corpo, uso e desejos.
Angel Marques
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Angel,
ResponderExcluirSempre existirá o amor.
Até mesmo na banalização...!!!
Grande abraço!
Eu acho que por mais que as mulheres digam que não ligam, no fundo elas se sentem usadas, tenho várias amigas que levanta essa bandeira e no dia seguinte se sentem um lixo. Por que no fundo somos românticas e queremos um homem igual a canção de Roberto Carlos " Esse cara Sou eu"
ResponderExcluirAbraços
Com certeza, Mara! Também constato muitos casos desse, infelizmente! Mas, acho que precisamos é nos amar mais, valorizar e realmente só fazer aquilo q nos faz bem e feliz de verdade, e n artificialmente, por causa de modismo ou pela massa!
ResponderExcluirObrigada, pela contribuição!! Bjs e luz!!